sexta-feira, 29 de junho de 2007








O B.LEZA




Quando os corpos deles se enroscavam nas coxas delas

A morna fazia as ventoinhas escaldar

Mesas cheias

Copos sempre a encher

Saias rodadas e pedidos para dançar.



O B.leza era.

Ou está quase a ser.

A ser memória.

Vai fechar.


A última vez foi como uma última ceia.

Era a Cristina.

Era ela a querer entrar.

Nós e ela, os crioulos e o cavaquinho,

todos nos pusemos prontos-de-bailar.


Agora, ficam aqueles contos de "abensonhar".

Esqueçam que essa foi a nossa oportunidade.

A derradeira.


Fiquem cá, olhos fechados, dentro do pátio. subam as escadarias e pendurem as chaves no bengaleiro.

Estamos no salão de festas, com um copo na mão

E vontade pra dançar até cair.....até o patrão fechar o portão.

Hoje, fim do mês de Junho, digam adeus.

Tinha 11 anos e já era meu.












3 comentários:

Di disse...

COCHAS??
Não!
COXAS!

Cris disse...

É pena que vá fechar... lá teremos de desencantar uma alternativa para "kizombar", "coladar" e "funanar" de quando em vez!

ze disse...

a proposito de kizomba:

Luâ fika ku mi más um kusinha
Dexâ-m lambuxa na bo,
Limia nha korpu ku káima !
Luâ dés ki témpu na aitura
Bu limia nórti, bu limia sul
Bu limia préta, bu limia bránka, Luâ !

Mayra Andrade... (assim escrito até se percebe masomenos)

o que é bom sempre acaba? não acredito, foi só uma beca de azar desta vez!